Jeff, o rabugento

Todos odeiam Jeff. Qualquer pessoa que o conhece logo associa palavras negativas a sua personalidade. Afinal, ele não mede palavras, diz logo o que vem na cabeça.
Num outro dia, na fila do mercado, uma senhora com seus sessenta e poucos anos esqueceu de pegar seus remédios, e teve que voltar para comprá-los.
- O que?? Vou ter que esperar essa velha fedida?? Eu não!! Por que ela não morre de uma vez e pára de me encomodar! - dizia aos berros no mercado ao mesmo tempo que largava tudo e saia de mãos vazias. - Se fosse outro que tivesse na fila ela não teria esquecido! Só porque era comigo!
Esse temperamento forte fazia com que Jeff tivesse poucos amigos. Não é à toa. Quem gostaria de ter um amigo desses?
Mas um problema o preocupava: as coisas ruins só aconteciam com ele!
- Só porque era comigo!! Se fosse com outro não aconteceria! - repetia sem parar.
Então Jeff tomou uma decisão radical: fugir. E fugiu para longe. Fugiu para onde ninguém pudesse encontrá-lo.
E na solidão foi onde sua loucura atingiu o auge, pois não conseguia ser agradável nem com ele mesmo!!
Descobriu que não se amava.
Isso levou algum tempo para ser compreendido. Por fim, após um breve tempo, Jeff voltou para sua cidade, mais calmo, mais sociável.
Agora não xingava mais as pessoas, nem gritava, nem esperniava. Simplesmente ficava quieto. E as pessoas vagarosamente começaram a conversar com ele, se aproximar, fazer pequenas amizades.
E Jeff se conformou. Não com seus problemas, afinal as coisas realmente nunca davam certo pra ele. Se conformou que independente de seus problemas precisava respeitar o próximo, pois podemos conviver com muitas dificuldades, mas não podemos viver sem nossos amigos.

Boa Sexta!

Acordar cedo não é tarefa fácil.

Mas, para animar um pouquinho, lembre-se que amanhã é sexta, o que derruba qualquer preguiça e dá um gás na hora de pular da cama!

Boa sexta!

08 de março: dia Internacional da Mulher

Há muito tempo, quando o tempo ainda nem era tempo, quatro mulheres governavam um modesto povoado.

Com seus corações puros tinham o amor de toda a aldeia, e juntos construíam a cada dia um lugar abundante, um lugar perfeito, que começou a despertar inveja de outros reis.

Um dia, um imperador tirano, com medo de perder seu poder sobre a região, mandou seu exército até a cidade e raptou as quatro mulheres.

E assim, cada uma foi levada para um canto do mundo, onde estão escondidas até hoje.

Em investigação recente foi descoberto o nome delas:

Amor, Respeito, Justiça e Esperança.

É claro que elas não existem fisicamente. Mas, se juntarmos essas quatro qualidades de toda mulher, com certeza seremos pessoas melhores, mais justas e caminharemos juntos na construção de um mundo melhor.

Parabéns, Mulher!

O Galo Gaudêncio! - Confira esta super série!

Amigos, a partir de hoje, postarei histórias do Galo Gaudêncio.

Gaudêncio é uma personagem que adotei para narrar diversas histórias, de cunho humoristico, para alegrar um pouquinho nossos dias.

Espero que gostem!

Acompanhem as Aventuras deste Super Galo!

Abraços, João

--- --- --- --- --- ---

Era uma vez um fazendeiro que tinha um galinheiro com 180 galinhas e estava procurando um bom galo para produzir ovos. Um belo dia, o fazendeiro vai até o povoado, entra na agropecuária e diz para o vendedor:
- Boa tarde! Procuro um bom galo capaz de cobrir todas as minhas galinhas.
O vendedor responde:
- Quantas galinhas voc tem?
- No total, 180, diz o fazendeiro.
Então o vendedor puxa uma gaiola com um galo enorme, musculoso, com a crista de pé, olhos azuis e uma tatuagem no peito dos Rolling Stones e diz para o fazendeiro:
- Leva esse aqui, o Alberto, veio do Rio de Janeiro, ele não falha.
O fazendeiro leva o galo e, no dia seguinte, pela manhã, solta o galo no galinheiro. O galo sai correndo, pega a primeira galinha, e dá duas sem tirar, pega a segunda, dá a primeira, e quando estava na segunda...cai frito. O fazendeiro olha e diz:
- O que me vendeu este vendedor filha da puta? Este galo comeu duas galinhas e capotou.
Então, pegou o galo pelo pescoço e levou-o até o vendedor e contou para ele o que aconteceu. O vendedor se desculpou e puxou outro galo. Este era preto, de crista amarela, olhos cinzas e tênis da Nike. E diz para o fazendeiro:
- Esse daqui é o Fernando, o melhor que tenho, mandei vir especialmente de São Paulo. Dá uma olhada no trabalho dele depois me conta. O fazendeiro volta para a fazenda com o galo e repete a manobra: o galo sai alucinado, come a primeira galinha de pé, pega a segunda e traça, na terceira ele faz o 69 e quando está bombeando a Quarta,, cai morto no meio do galinheiro. O fazendeiro, emputecido, pega o galo pelas patas, se manda para o povoado, entra porta adentro na agropecuária e diz para o vendedor:
- Escuta aqui filho de uma ronca e fusca, é o segundo galo que tu me vende e que não presta para nada. É melhor você me vender um galo decente ou vou tocar fogo nesta merda, sacou cara!!!
Então o vendedor puxou um galo de merda, pelado, sem crista nem penas, com olheiras, corcunda, com tênis Bamba de lona e uma camisa azul claro com os dizeres "Tomo chimarrão e daí?" e diz ao fazendeiro:
- Olha, é só o que me resta. O nome dele é Gaudêncio e veio para cá por engano num barco que vinha do Rio Grande do Sul.
O fazendeiro, puto da cara, leva o galo pensando:
- Que caralho vou fazer com este galo gaúcho e fodido...
Chegando na fazenda solta o Gaudêncio no galinheiro, o galo joga a camisa para um lado e sai enlouquecido comendo as 180 galinhas.
Dá uma respirada e come as 180 de novo. Sai correndo enraba o pastor alemão, ai o fazendeiro pega ele, da dois sopapos para acalmá-lo e tranca ele na gaiola.
- Porra, é um fenômeno este galo!!! Pensa o fazendeiro.
E as galinhas enlouquecidas com o Gaudêncio, que o Gaudêncio isto..., que o Gaudêncio aquilo..., e com você o que que ele fez..., e comigo ele fez tal coisa... loucura total, todas as galinhas querendo ir de muda pra Porto Alegre.
No dia seguinte solta o bicho de novo, o Gaudêncio sai levantando poeira, dá duas voltas no galinheiro faturando tudo que é buraco com penas que encontra no caminho, sai correndo e come o cachorro, o porco e duas vacas.
O fazendeiro corre atrás, pega ele pelo pescoço, dá umas chacoalhadas para acalmá-lo e joga ele na gaiola.
- Que galo filho da puta! Vai me cobrir a fazenda inteira!!!, diz o fazendeiro.
No dia seguinte, vai buscar o galo e encontra a jaula toda arrebentada...
- O Gaudêncio FUGIU!!!
Sai correndo para o galinheiro e encontra todas as galinhas de bunda para cima fumando e assobiando, lá fora o porco com o cu pro sol, as duas vacas deitadas no chão falando do Gaudêncio, o cachorro com a bunda arruinada,...e pensa:
- Ele vai comer o gado do vizinho, vão me matar!!!
Então pega o cavalo e sai procurando o Gaudêncio sem descanso, seguindo a pista deixada por ele (cabras suspirando, bodes passando Hipoglós na bunda, uma tartaruga que perdeu o casco no tranco, um touro provandolingerie, três capivaras mancando, um pônei sentado no gelo, um bambi curando as hemorróidas... até que, de repente, a distancia, vê o Gaudêncio caído no chão....
Uma cena desgarradora!!! E os abutres voando em círculos, e babando de fome.
Quando viu os abutres sobrevoando em círculos, o fazendeiro entendeu a situaão:
- Nãoooooo, Gaudêncioooooo...... Morreuuuu o Gaudênciooooo!!!
Uma vez que encontro um galo de verdade.... E no meio do lamento, cuidadosamente o Gaudêncio abre um olho, olha o fazendeiro e assinalando os abutres, pisca e diz:
- Shhhhhhhhhhhiiiiiiii!!!! Te acalma Tchê, que eles tão quase descendo!!!

Nota: essa é uma piada que encontrei na web (não sei quem é o autor) mas que achei tão bacana que irei adotar a personagem do Gaudêncio e criar novas aventuras com este galo fenomenal!

Gaudêncio é negociado

Eder, dono da Boate Azul, localizada na BR 470 na cidade de Indaial, andava muito desanimado com os negócios. Afinal, cada vez menos clientes procuravam suas mulheres. Mas Eder era um homem esperto, e viu a necessidade de contratar uma estrela para a sua zona, ou como estão chamando atualmente, casa de massagem.

Contratou, então, a Mulher Samambaia. Por mais que ela não aceitava fazer programas, foi a sensação local. Muitos machos apareceram babando para ver de pertinho a musa dançar e se esfregar no longo ferro localizado bem no meio do palco.

Durante dois meses sua casa de massagem foi a mais disputada em toda a BR Vermelha. Nos bares, a Mulher Samambaia era o assunto da mesa e até algumas mulheres passaram lá para conferir o cobiçado pedaço de mal caminho.

Mas, após dois meses, a Mulher Samambaia precisou voltar para São Paulo para continuar as gravações do Pânico na TV e o estabelecimento de Eder voltou a ter pouca visitação.

- E agora? - Pensou o empresário - O que farei?

Apostou na reforma de sua casa. Luzes a laser, globos, espelhos, muito cor-de-rosa, cadeiras de madeira polidas uma a uma, um chão tão brilhoso que era possível ver as calcinhas da mulheres que alí trabalhavam. Nos quartos, camas com veludo, banheiras de hidromassagem, conforto pra dar e vender.

Isso realmente deu resultado. Clientes mais refinados começaram a procurar a casa, mas ainda era pouco para Eder.

Mas a vida é uma caixinha de surpresa. E numa bela manhã de domingo, Eder recebe uma ligação, do seu primo Joseph Klimber, grande fazendeiro do Rio Grande do Sul.

- Primo, os negócios aqui na fazenda vão de poupa em vento! Está tudo muito bem!

- Aé, é? E qual é o segredo do sucesso? - Perguntou Eder sem interesse, pois sabia que o primo não iria responder.

- Eder, Deus me iluminou, botou ao meu lado Gaudêncio, o Fenomenal!

- Gaudêncio? Nunca ouvi falar...

- Oras, como não?! - Respondeu Joseph indignado - Graças a ele as galinhas estão pondo ovos como nunca!

Eder viu que seu primo tinha ouro nas mãos, e não hesitou em pedir Gaudêncio emprestado.

- Ooohhh, o Gaudêncio emprestado? Não sei, não, Eder, ele é tudo pra mim... quer dizer, pros meus negócios!

- Só por uns tempos, Joseph.

Depois de alguns minutos Joseph concordou, e Eder foi no outro dia mesmo buscar o seu salvador.

Aula cachão

Aula cachão (a noite toda uma mesma disciplina) é forçado.

Quando o professor não ajuda, então? Putz...

Esses dias tive uma aula dessas.

Professor que não pára de falar, sala vazia, multimídia no quadro e luz apagada.

Pronto, tá formado o cenário pra um baita cochilo.

No início, lá pelas 18h50, até faço algum esforço pra ficar acordado, mas a cada minuto as pálpebras ficam mais pesadas.

-O jornalismo teve sua origem no século....

Ahhh, aí é demais!

A primeira pescada é aquela que você levanta rápido a cabeça e olha pros lados pra ver se alguém te flagrou.

Beleza, tudo em ordem: uns escrevendo, outros lendo, alguns ouvindo MP3, e um ou outro olhando pro professsor.

Cruzo os braços, estico as pernas e logo o pensamento já tá longe.

O grande problema de pescar é que você nunca percebe quando desce, só quando já tá olhando pros lados na procura de uma testemunha.

Até que...

Na terceira pescada, lá pelas 19h15, o peixe puxou tão forte o anzol que (Meu Deus!) me derrubou da cadeira. Deslizei pro lado esquerdo e, no mesmo momento que ia caindo, meus reflexos acordavam e instintivamente meus pés subiram, dando o maior chuté na carteira, que voou longe.

Dois segundos de barulho. Um de silêncio. Uma noite toda de gozação.
Levantei mais vermelho que pimentão - até o professor riu da minha cara.
Bem, pelo menos não cochilei sequer mais um minuto durante a noite toda.

Um carro, um meio fio

Nada melhor que sair do serviço às 17h30 e ir pra facul de carro. (Cá entre nós, ter que pegar busão é bucha)

Motor ligado, som bombando, vamuSembora!

Sair do estacionamento é moleza, afinal, o trânsito tá tranquilo.

Primeirinha, segundinha, e logo a quarta já tá na ativa. Com ela dá pra manter o percurso de ruas sinuosas e cheias de curvas do Bom Retiro.

Uns 800 metros a frente encontro um carro da Celesc parado bem no meio da pista e, trepado numa escada, um operário consertando fios.

Ligo a seta à esquerda, ultrapasso e continuo acelerando.

IOT. Casa das Belas Artes. Trevo.

No trevo onde tenho a preferência faço uma boa ação: paro o carro, dou sinal de luz alta e deixo tres carros cruzarem. Sorrizo no rosto. Som bombando. VamuSembora.

A primeira à direta já é a facul.

Pensei comigo: estaciono na rua ou no pátio?

Oras, na rua é mais mala!

18h00: bem em frente a cheia cantina da universidade freio e puxo a ré, pra fazer aquele típico estacionamento de Autoescola.

Unnrrrr

Bombo o acelerador e o motor trabalha. Foi então que tudo aconteceu.

Imaginem a cena: carro atravessado na rua, pneu traseiro barrado por um meio fio.

Unnrrrr

Bombo o acelerador novamente e nada.

Caralho.

Olho pra trás. Baita fila.

Olho pra cantina. Todo mundo rindo.

Baixo o som (num momento desses a última coisa que você pode querer é chamar MAIS atenção), engato a primeirinha e sigo a rua.

Afinal, o estacionamento fica a 100 metros.

Finalmente estaciono. Desligo tudo e espio pra ver se não tem algum engraçadinho querendo tirar onda com a minha cara.

Tudo tranquilo no grilo.

Pensei comigo: ninguém vai lembrar...

Carro estacionado, som desligado, vamuSembora.