A angústia de toda uma vida chegava ao fim. Dúvidas, incertezas, fatos não-explicados seriam revelados dentro de instantes, pois Rincon finalmente havia decifrado a cobiçada Professia, o maior objeto de desejo desta Era.
Foram muitas as vidas que se perderam. Foram muitas as vidas roubadas. Foram muitas as vidas que partiram e não conseguiram encontrar a Verdade...
- Sinto a Energia... - murmurou para sí mesmo.
Era noite e o homem caminhava lentamente, pois sabia que a pressa era cruel. Apoiando-se em seu longo cajado, que ultrapassava vários palmos além de sua cabeça, Rincon mantinha o olhar atento. Seu corpo estava coberto por um longo sobre-tudo, morrom escuríssimo, que tapava sua face e deixava seu olhar na mais profunda escuridão.
A fina trilha no meio da intensa floresta negra era iluminada pelo luar, criando formas sinistras das sombras das velhas árvores. Com a respiração intensa, seu hálito quente se chocava com o frio, formando uma seqüência de fumaça.
- Deve ser por aqui... sei que deve ser por aqui... - suplicava o homem com imensa agonia.
E realmente estava. Depois que a trilha serpenteou para a esquerda e uma encruzilhada separou o caminho, via-se, bem ao longe do lado direito, uma pequena montanha que se erguia na escuridão da noite.
Seu coração punsionou mais forte. Sentia as batidas acelerarem, como se forçassem seu velho corpo a aumentar o passo. Sua respiração aumentou e seu olhar se fixou em um único ponto: uma pequena abertura, suficiente apenas para a passagem de um homem, que era mais negro do que o mais profundo negro, e era moldurada por madeiras cor marfim.
Após alguns minutos de caminhada reta e continua, Rincon parou de chofre a uns dez metros da horrível entrada, que exalava uma névoa de seu interior. Levantou o cajado e o apontou com firmeza para a parte superior da porta. Murmurou algumas palavras para o nada, no que a ponta do cajado emitiu uma luz que quebrou as trevas da floresta. Ao acostumar os olhos a claridade, leu as seguites palavras na madeira:
Caverna de Godstheinn
- Que o poder seja louvado - disse em tom alto e claro, no mesmo momento em que adentrou a caverna com passos firmes e fortes.
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21 de novembro de 2008 às 09:32
mto bom João! bem legal mesmo ;D
adoreii
beijos
2 de dezembro de 2008 às 07:42
Blog da turma foi atualizado com um comunicado importante!